Dentro da Psicanálise, existe uma corrente que defende que o desenvolvimento psicossocial é composto por oito fases, que iniciam ao nascimento e vão até a idade mais avançada. Dependendo de como as enfrentamos, elas podem gerar sofrimento, ou crises, como são chamadas. Vou apresentar somente as 4 últimas fases, começando pela adolescência e terminando na velhice.
Adolescência: IDENTIDADE X CONFUSÃO. Neste momento, o jovem inicia seu processo de busca de individuação. Precisa afirmar quem é, o que quer e do que gosta. Junta-se a grupos para se sentir pertencente e seguro. Porém, sente-se confuso entre as posições infantil e adulta.
Adulto jovem: INTIMIDADE X ISOLAMENTO. Passada a fase da adolescência, o jovem adulto precisa estar muito bem com sua identidade, assim se sentirá confortável nas relações sociais e, principalmente, íntimas. Caso contrário, a tendência é o isolamento.
Adulto: PRODUTIVIDADE X ESTAGNAÇÃO. Neste período, o que está em jogo é o sentimento de contribuição para a sociedade com seu trabalho e para sua família com sua renda e responsabilidades. Se não houver essa percepção, o sentimento é de estagnação.
Velhice: INTEGRIDADE X DESESPERO. Na idade avançada, o foco é uma reflexão sobre a vida que se teve. Quando se olha para trás e se sente satisfeito com a vida que teve, tudo corre bem e há uma sensação de integridade. Entretanto, o contrário gera um sentimento de amargura e desespero.
Como tudo que acontece na vida passa pelo crivo dos significados que damos às experiências, o sofrimento que elas nos geram podem ser amenizados ou até modificados em um processo psicoterapêutico/analítico. Caso você se encontre em uma dessas crises, não hesite em buscar ajuda, pois a psicoterapia/análise possui a competência para trabalhar com o seu sofrimento.
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